Brasília, 01 de junho de 2013.
Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.
“Darei aos sacerdotes o poder de tocar os corações mais
endurecidos” (11ª. Promessa do Sagrado Coração de Jesus).
Entramos no mês que antecede a tão esperada JMJ Rio 2013.
Os corações estão acelerados e os trabalhos de preparação cuidadosamente
encaminhados para garantir que este acontecimento, que já tem proporcionado
muitos frutos pelo Brasil afora, principalmente devido à Peregrinação da Cruz e
do Ícone de Nossa Senhora, marque ainda mais a vida de nossos jovens e provoque
significativas transformações na proposta pedagógico-pastoral da Igreja junto a
eles.
Enquanto muitos jovens de sua paróquia estão se
organizando, convido-os a pensar seriamente no processo de evangelização da
juventude local impulsionada por este momento. Precisamos acolher com sabedoria
e gratidão este presente que Deus está nos concedendo. Há um dinamismo próprio
deste acontecimento que tem atraído muitos jovens e oferecido a nós uma
singular oportunidade para organizar melhor nossa presença no meio deles. O
reconhecimento das frentes já existentes, o fortalecimento das estruturas e
projetos que já estão dando certo, a criação de outras iniciativas e a
organização de tudo isto num plano de evangelização paroquial poderão garantir
um novo tempo em nossos ambientes eclesiais.
Se ainda não o fizeram, convido-os, antes da JMJ ou
imediatamente após a sua realização, a:
fazerem um levantamento das expressões juvenis que já
existem em seu território e contribuem com a evangelização: pastorais da
juventude, movimentos eclesiais, novas comunidades, iniciativas juvenis ligadas
às Congregações Religiosas, catequese de crisma, grupos de jovens, grupos de adolescentes,
pastorais e serviços que, de uma forma ou outra, têm como foco o mundo juvenil
(Pastoral Familiar, Pastoral da Educação, Juventude Missionária, Pastoral
Vocacional, etc.);
promoverem um encontro com as lideranças destas
expressões e refletirem juntos a realidade juvenil paroquial: conquistas,
lacunas, limitações, desafios;
renovarem a opção pelo ministério da assessoria da
juventude em sua paróquia, descobrindo novos assessores e capacitando a todos;
acompanharem mais de perto a proposta evangelizadora de
cada expressão juvenil auxiliando-a na acolhida das orientações da Igreja em
suas prioridades e serviços;
descobrirem os novos areópagos juvenis; novas praças de
vivência e de encontro das juventudes, além de nossos ambientes eclesiais, para
as quais a sua paróquia é convidada a se voltar, participar, atender, animar,
evangelizar, transformar.
Se em sua paróquia já existe o hábito de se realizar
anualmente este momento organizativo, parabéns! Se não, porque não assumir isto
como um dos belos frutos da Jornada? Acredito que uma das melhores maneiras de
aproveitarmos de toda esta graça divina favorecida pela JMJ Rio 2013 seria a
organização, até o final do ano, de um Plano Paroquial de Evangelização da
Juventude. Com ele estaremos não somente agradecendo concretamente a Deus por
este acontecimento, mas efetivando nossa opção pelos jovens com análise da
realidade, renovação dos princípios teológico-pastorais, determinação de metas,
provocação missionária, investimento material e humano.
Para estar com os jovens é preciso apaixonar-se por eles.
Antes de tudo é necessário“resgatar no coração de todos a paixão pela
juventude” (CNBB, Doc 85, n. 205). Em minhas orações de junho, confio-os ao
Sagrado Coração de Jesus. Que ao sentirem pulsar em seu interior o amor
incondicional do Senhor, cresça em sua pastoral o ardor juvenil e transborde na
vida de sua comunidade esta Força da qual nascemos, pela qual nos movemos, para
a qual caminhamos, da qual somos portadores aos jovens.
Com estima,
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a
Juventude da CNBB
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