Noite após noite,
madrugada após madruga e em algumas tardes, lá estão eles diante das câmeras,
os outros pregadores da fé, caso você também o seja. Você prega para menos
gente. No máximo cinco mil. Eles pregam para vinte, trinta milhões.
Passeia pelo templo,
sobem ao púlpito, oram por curas e revelações e passam ao povo o recado: Deus
quer, Jesus quer, a Bíblia diz, o Senhor está me dizendo neste momento! São
positivos, cheios de certeza e alguns garantem. Aceitam títulos de maior
pregador, profeta dos últimos tempos, novo apóstolo! Outros simplesmente são
padres ou pastores que chegaram onde se fala para multidões.
Estão preparados
para o novo ministério? Entendem as implicações de falar para milhões de
pessoas? Estão lá em virtude do cargo como é o caso do papa ou de um presidente
da república, ou foi conquista pessoal? Possuem conhecimentos de sociologia,
psicologia das massas e suficiente teologia para todos os dias falar tudo
aquilo em nome de Jesus?
Seus seguidores
apostam que sim. Os que conhecem Bíblia, Exegese, História das Religiões e
Teologia têm suas dúvidas. Outros pregadores da fé, ou por ciúme ou por
realmente saberem mais projetam como será a fé no futuro se a multidão seguir
esse tipo de pregação garantidora de curas, milagres e sucesso. Voltaram os
tempos apostólicos, ou voltaram as heresias dos séculos 2 ao 5 ? É Pedro e
Paulo ou é Montano, Ário e Nestório que ensinam algumas coisas certas e duas
erradas a cada novo encontro?
Pe. Zezinho SCJ
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