sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Oásis da paz e do amor



Não deve existir irmão no mundo que, mesmo que tenha pecado de forma pavorosa, após ter visto os teus olhos, se afaste de ti sem a tua misericórdia.” Nesse espírito de reconciliação e de misericórdia são Francisco de Assis falava também diante do sultão da Babilônia, e nas biografias do santo se relata que o sultão se converteu e, pouco antes da morte, também se fez batizar.

Na Bósnia-Herzegovina foram cometidos muitos pecados, vinte anos atrás, no furor da guerra. Muitas pessoas tiveram de fugir. Mais da metade dos 850 mil católicos foram expatriados. Entre os remanescentes, a desconfiança calou fundo. Reina o medo, a perplexidade, a intolerância.


 As pessoas vivem em sociedade, não em comunidade. As franciscanas de Sarajevo trilham novos caminhos para promover a reconciliação entre os grupos étnicos e religiosos. Agora iniciaram um programa intitulado: “Eu estendo a mão pela paz e pela convivência”. Em três lugares elas promovem cursos para cristãos e muçulmanos, nos quais se ensina e se treina a “agir e pensar sem violência”. O curso se estende por três anos. Os participantes (professores, médicos, policiais, jornalistas, religiosos) irão trabalhar mais tarde como mediadores nos seus vilarejos. O objetivo é gerar a paz com base na fé. As casas das religiosas devem se tornar locais de mediação da paz. As franciscanas planejam confiando na providência de Deus. Nós as ajudamos a fazer decolar o programa de reconciliação com 12.900 Reais.

A melhor premissa para a paz é o amor a Deus. Retiros e exercícios espirituais para jovens, realizados também pelas franciscanas na diocese de Sarajevo, aplainam o caminho para a reconciliação e a não violência. Karmela ficou profundamente impressionada pela adoração ao Santíssimo Sacramento: “Olhos nos olhos com Jesus. Um diálogo de corações. Graça em abundância, inteiramente sem merecimento. Acredite, eu não queria mais sair desse oásis de paz e de amor.” O oásis é o Centro de Pastoral dos Jovens e da Família, das franciscanas em Bielo Polie. Para muitos jovens, o silêncio é um desafio. Helena diz isso abertamente: “O silêncio, a oração, o jejum... para mim isso não foi simples.” Mas “através do silêncio eu aprendi novamente a falar com Deus”. Também Iva reconheceu: “No convento, a oração trouxe novamente à tona os verdadeiros valores. O contato com Deus é suave, mas forte.”

Esse oásis deve manter seus portões abertos, inclusive no inverno e também para um número maior de pessoas. As instalações hidráulica e elétrica são absolutamente insuficientes. Nós ajudamos na renovação da casa (38.700 Reais), que servirá também para renovar as almas. E o contato com Deus por meio da oração é a premissa para uma reconciliação duradoura.

Fonte: http://www.ais.org.br

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