E assim tem sido
feito: reportagens, artigos e campanhas educativas – muitos! – mostram, por
exemplo, o valor de uma alimentação equilibrada, com horários regulares e
quantidades moderadas, rica em legumes, frutas, grelhados; mas com menos
frituras. Da mesma maneira, a necessidade de cuidado com o meio ambiente tem
feito com que tentemos poluir menos, usando menos descartáveis, participando de
campanhas de reciclagem e coleta seletiva, interessando-nos por pesquisas de
materiais alternativos, entre outras.
Mas para melhorar a
qualidade de vida, tanto com a alimentação saudável quanto na preservação do meio
ambiente, é necessário rever e modificar hábitos antigos e prazerosos; e isso
não é nada fácil! Porém, gradualmente, à medida em que somos mais esclarecidos
e motivados, entendemos que é preciso equilíbrio: abrindo mão de algumas
rotinas, mantendo outras, controlando impulsos… E já que é para atingir um fim
bom, nós nos empenhamos nisso. E vemos que somos capazes de alguns sacrifícios
para chegar a um objetivo maior.
Mas o que me deixa de
certa forma irritado é que não se tem permitido tratar, com o mesmo cuidado,
outros grandes problemas mundiais, aqueles que estão relacionados ao mau uso da
sexualidade humana (violência sexual, aborto, mães abandonadas, pornografia,
pedofilia, prostituição, famílias destruídas pela infidelidade, tráfico de
seres humanos…). Ora, e se essas estão entre as maiores feridas da humanidade,
por que não conseguimos aprofundar o seu estudo em busca de soluções
civilizadas? Será mesmo que a única “luz” que podemos fornecer à temática do
sexo é: “use camisinha!”? Puxa, uma humanidade tão inteligente e capaz não
consegue avançar mais do que isso?
E se quase ninguém se
dispõe a essa reflexão, a Igreja Católica o faz. O problema é que quando ela
insiste em apresentar a beleza de uma sexualidade vivida dentro do matrimônio,
na exclusividade, fidelidade e doação – fruto de um tempo de espera e
autocontrole -, é logo descartada do debate e considerada ultrapassada. Por
quê? Quer dizer que quando o assunto é sexo não se pode falar em equilíbrio,
hora certa, autocontrole, sacrifícios para benefícios, mudança de hábitos?
É claro que podemos!
E devemos!
E se a Igreja se
dispõe a refletir com a gente, apresentando uma luz proporcional à
grandiosidade do ser humano, por que não dar essa chance a ela? Estaria mesmo
ultrapassada? Será que seu ensinamento não conteria a chave para o ser humano
encontrar novamente a beleza da sexualidade humana, dom de Deus?
Fica o convite.
Busquemos – diretamente de sua voz oficial – o que ela, Igreja, tem para
oferecer. Que tal começar agora? Eu garanto que você vai se surpreender!
Por André Said, de
Brasília. Pubicado originalmente no site Promotores da Vida
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