quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Saladinha, Recicláveis e Sexo



E assim tem sido feito: reportagens, artigos e campanhas educativas – muitos! – mostram, por exemplo, o valor de uma alimentação equilibrada, com horários regulares e quantidades moderadas, rica em legumes, frutas, grelhados; mas com menos frituras. Da mesma maneira, a necessidade de cuidado com o meio ambiente tem feito com que tentemos poluir menos, usando menos descartáveis, participando de campanhas de reciclagem e coleta seletiva, interessando-nos por pesquisas de materiais alternativos, entre outras.

Mas para melhorar a qualidade de vida, tanto com a alimentação saudável quanto na preservação do meio ambiente, é necessário rever e modificar hábitos antigos e prazerosos; e isso não é nada fácil! Porém, gradualmente, à medida em que somos mais esclarecidos e motivados, entendemos que é preciso equilíbrio: abrindo mão de algumas rotinas, mantendo outras, controlando impulsos… E já que é para atingir um fim bom, nós nos empenhamos nisso. E vemos que somos capazes de alguns sacrifícios para chegar a um objetivo maior.


Mas o que me deixa de certa forma irritado é que não se tem permitido tratar, com o mesmo cuidado, outros grandes problemas mundiais, aqueles que estão relacionados ao mau uso da sexualidade humana (violência sexual, aborto, mães abandonadas, pornografia, pedofilia, prostituição, famílias destruídas pela infidelidade, tráfico de seres humanos…). Ora, e se essas estão entre as maiores feridas da humanidade, por que não conseguimos aprofundar o seu estudo em busca de soluções civilizadas? Será mesmo que a única “luz” que podemos fornecer à temática do sexo é: “use camisinha!”? Puxa, uma humanidade tão inteligente e capaz não consegue avançar mais do que isso?

E se quase ninguém se dispõe a essa reflexão, a Igreja Católica o faz. O problema é que quando ela insiste em apresentar a beleza de uma sexualidade vivida dentro do matrimônio, na exclusividade, fidelidade e doação – fruto de um tempo de espera e autocontrole -, é logo descartada do debate e considerada ultrapassada. Por quê? Quer dizer que quando o assunto é sexo não se pode falar em equilíbrio, hora certa, autocontrole, sacrifícios para benefícios, mudança de hábitos?

É claro que podemos! E devemos!

E se a Igreja se dispõe a refletir com a gente, apresentando uma luz proporcional à grandiosidade do ser humano, por que não dar essa chance a ela? Estaria mesmo ultrapassada? Será que seu ensinamento não conteria a chave para o ser humano encontrar novamente a beleza da sexualidade humana, dom de Deus?

Fica o convite. Busquemos – diretamente de sua voz oficial – o que ela, Igreja, tem para oferecer. Que tal começar agora? Eu garanto que você vai se surpreender!

Por André Said, de Brasília. Pubicado originalmente no site Promotores da Vida

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