segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tragédia em Santa Maria: Comissão para a Juventude da CNBB manifesta solidariedade a familiares e vítimas



Ao nosso irmão Bispo Dom Hélio Adelar Rupert e à Igreja de Santa Maria (RS), às famílias que choram os filhos mortos na tragédia, aos jovens e às jovens que acreditam na vida e sonham com a felicidade.

Estamos todos atônitos! Sentimentos de dor e impotência se misturam e nos deixam confusos! Justamente no ano em que a Igreja do Brasil celebra a Juventude, como foco de suas atenções com diversos acontecimentos a seu favor, presenciamos esta tragédia.


Nós, que formamos a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, queremos dizer que estamos com vocês nesta hora em que tudo parece perder sentido e a realidade só nos mostra morte e sofrimento. Não temos palavras humanas de consolação; mas nossas convicções de fé devem encontrar espaço especial neste momento para continuar sustentando a caminhada. É o próprio Jesus quem nos diz: “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. Na casa de meu Pai há muitas moradas [...] Vou preparar um lugar para vós [...] a fim de que onde eu estiver estejais também vós.” (Jo 14, 1-3).

Há poucas semanas a juventude de Santa Maria acolheu com entusiasmo e fé a Cruz da Jornada Mundial da Juventude: ninguém podia imaginar que pouco tempo depois vocês – e nós todos do Brasil! – estariam vivendo esta incompreensível experiência de dor. Sim, a morte é e permanece um mistério, sobretudo quando atinge os projetos e sonhos de tantos jovens, a quem a Igreja tem se dedicado com esmero.

Esforcemo-nos por colocar esta cruz na Cruz de Cristo, e vida nova surgirá, garantida por Aquele que não nos abandonou, principalmente no momento do mistério do sofrimento e da morte! E contemplemos aos pés daquela Sagrada Cruz a presença consoladora de sua Mãe, a Santa Maria! Não é para menos que o papa João Paulo II quis que o Ícone de Nossa Senhora acompanhasse a Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude! Maria, que sabe a dor da perda de um filho, console todas as famílias que acabaram de perder seus filhos e filhas.

Rezamos por vocês e com vocês para poderem enfrentar e superar este momento. Que este acontecimento provoque, também, em toda sociedade e na Igreja um sério questionamento, se, realmente, estamos acreditando na juventude, apostando nela e defendendo sua vida. Projetos pastorais, políticas públicas, iniciativas populares necessitam estar mais voltadas às novas gerações. Proteger e defender a vida sempre, em qualquer lugar é testemunhar a fé: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.” (Jo 11,25).

Comissão Episcopal Pastoral para Juventude – CNBB

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