A
iniciativa de amar é de Deus: é Ele quem nos ama primeiro e nos convida ao
amor. Somente experimentando o amor é
que a humanidade poderá experimentar, ainda que limitadamente, quem é Deus. Amar é tocar no mistério da divindade aberto
Definitivamente à humanidade pelo amor doado por Deus à criação.
Em
Jesus Cristo, Deus mostra a capacidade humana de amar. O Filho, encarnado e feito homem para
suportar a limitação humana, faz de Sua vida uma vida inteira de amor ao outro
e ao Pai. E nos ensina a viver no amor:
“como o Pai me amor, assim também eu vos amei.” (Jo15, 9) e, mais adiante,
“amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 15, 12).
O
Filho Amado, Senhor da Vida, não escraviza a humanidade. Ao contrário, a faz amiga, irmã. Escolhe homens e mulheres para que cada um
saiba que pode contribuir com a obra da criação. E assim nos diz: “Já não vos chamo servos,
pois o servo não sabe o que faz o seu senhor.
Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu
Pai. Não fostes vós que me escolhestes,
mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto
e o vosso fruto permaneça.” (Jo 15, 15-16)
Qual
é o sentido profundo da palavra amor, para cada um de nós? Hoje, é uma palavra tão banalizada, tão usada
para designar relações egoístas e hedonistas, que poucas vezes lembramo-nos da
sua origem divina: tudo foi criado por amor, para o amor e no amor. Foi o amor de Deus, que não coube em si só e
que expandiu dando origem a vida, porque o amor é fonte de vida. Por isso, as palavras de Jesus: “...para que
produzais fruto...” (Jo 15, 16 a). O
fruto esperado é a vida que somos capazes de gerar através de nossos atos que
devem refletir o verdadeiro amor de Deus pela humanidade.
A
primeira carta encíclica de Bento XVI - Deus caritas est – resgata a dimensão
amorosa de Deus, reforçando as palavras do apóstolo João em sua Primeira Carta:
Deus é Amor! (1Jo 4,1) e, a partir daí, oferece dicas para a prática amorosa
nas relações pessoais e sociais, indicando fundamentos para a implementação da
justiça e da verdadeira caridade cristã.
Enfim, um documento que não pode deixar de ser lido e trabalhado pelos
fiéis para que possamos ser todos instrumentos construtores de uma nova realidade.
Que
a experiência do amor possa ser restauradora da nossa relação filial com o
Senhor para que seja consciente em nossas vidas a importância de sermos filhos
amados por Deus.
Textos
para ajudar na sua oração:
Jo
15, 9-17
1Jo
4, 7-10
Jo
13, 31-33ª.34-35
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