28 DE AGOSTO: DIA DOS CATEQUISTAS
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM DONA GORETTI SANTIAGO
Hoje, último domingo do mês vocacional, é Dia dos Catequistas. Para conhecermos um pouco mais sobre essa vocação, o Grupo de Jovens Cristiforme, mais especificamente as integrantes Soraya Roberta e Gisliany Alves, realizaram uma entrevista com Maria Goretti de Araújo Santiago, catequista da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição há 37 anos. Confira na entrevista a seguir, como é a sensação que Dona Goretti tem ao proclamar a Palavra de Deus:
O que lhe motivou a se tornar catequista e qual a sensação que a senhora tem por propagar a Palavra de Deus?
O que me motivou foi a conscientização de que todo o cristão deve trabalhar em prol do Reino de Deus. Então, a gente foi criado para amar e servir ao Senhor. Como membro de uma família católica, apesar de que não muito praticante, eu passei a ser catequista, assumindo, assim, o meu compromisso cristão.A sensação que eu tenho de propagar a Palavra de Deus é que eu me sinto realmente feliz, consciente de anunciar a todos aqueles que não conhecem Jesus, a Sua Palavra. Então, eu me sinto uma pessoa muitíssimo feliz, alegre e o meu testemunho, muitas vezes, fala até mais alto do que a Palavra.
Na fase atual, como está a fé dos catequizandos da nossa Paróquia?
Nós temos um número de crianças muito alto e, inclusive, eu trabalho com 32 crianças, sendo 24 da zona rural e 8 crianças da cidade. Então, as turmas pela manhã, para vocês terem uma idéia, são todas com esse número de crianças. E da forma como a gente conduz esses catequizandos, eles demonstram que aprendem realmente e que vão aumentando a fé, quer dizer, é um reforço. A cada encontro, que é um assunto diferente, a gente sente que essas crianças vão aumentando os conhecimentos e reforçando a fé.
Que comportamentos a senhora observa após um certo tempo de formação dos catequizandos?
Eu que tenho 37 anos trabalhando na catequese, tenho essa experiência há 37 anos... Não posso nem dizer que sou uma catequista velha não é? Mas em 37 anos de experiência, se observa que os catequizandos de antes são bem diferentes dos de hoje. Eram crianças paradas, até porque, também, o método levava a isso... Era a questão de perguntas e respostas. É claro que a gente se baseava na Palavra de Deus, já que Jesus Cristo é o centro da catequese, mas as crianças tinham que decorar as perguntas e as respostas e, muitas vezes, nem entendiam aquelas palavras.
Hoje, a gente trabalha havendo a interação de fé e vida, é a catequese renovada. Então, a gente usa todos os meios possíveis para que a criança possa aprender, entender a mensagem, aprender a doutrina sem decorar essa doutrina. Então, a gente observa também o comportamento que, muitas vezes, já vem lá da escola, que é bem diferente. Vocês são jovens, vocês sabem muito bem o que é uma sala de aula. Tem aqueles que querem alguma coisa e tem aqueles que não querem. Nós pegamos crianças assim. São muitas vezes crianças que vem não querendo se preparar para fazer a 1ª Eucaristia, mas é porque o pai e mãe querem por tudo que essa criança faça a 1ª Eucaristia, quase como um ato social. Mas a maioria quer conhecer Jesus Cristo e se sente feliz. E a gente vê estampado no semblante de cada um que existe uma alegria e uma ansiedade muito grande em conhecer Jesus Cristo. Para vocês terem uma idéia, através de umas visitas que eu fiz às famílias, nós temos catequizandos que já ficam a frente das celebrações; nós temos catequizandos que já estão montando encenações para apresentar na sala de aula, baseado no que a gente vai ensinando... Quer dizer, tudo isso já um avanço muito grande.
Na sua opinião, o que poderia melhorar na catequese?
A catequese da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, eu considero uma catequese modelo. Não é porque eu trabalho lá não, mas nós temos uma coordenação boa, exigente demais e que repassa tudo. Nós somos treinados a trabalhar a cada semana, nós nos reunimos semanalmente, nós temos muito material riquíssimo para a catequese, nós temos planejamento semanal... Enquanto em outras paróquias é tudo desfacelado. Nós trabalhamos a mesma linguagem em cada encontro, a gente trabalha da mesma forma, usa os mesmos métodos, as mesmas músicas. Existe uma união muito grande e uma preparação também. É aprofundamento por cima de aprofundamento.
Mas o que é preciso ainda: que a família, principalmente os pais, que são os primeiros catequistas, também passem a trabalhar conosco nisso daí. Ensinem mais aos seus filhos, acompanhem os seus filhos no dia-a-dia, até porque em todo encontro tem um compromisso. E a criança tem que fazer esse compromisso. E se observa que há um relaxamento. Então o que falta na catequese da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, principalmente em termos de preparação para a 1ª Eucaristia, é esse acompanhamento diário dos pais.
Parabéns pelo blog. Goretti não é só uma grande catequistas, é também, uma boa mãe adotiva heheheh... Saudades... Abração!
ResponderExcluirAndrey Jonathon