quarta-feira, 24 de agosto de 2011

FUI ALCANÇADO POR CRISTO JESUS! (Fl 3,12)

Vivendo às alegrias do mês vocacional, tenho a grata satisfação de
poder partilhar com todos vocês a história de minha vocação à vida sacerdotal. Tive a graça de nascer no seio de uma família cristã católica, que apesar de não ser muito praticante, desde cedo teve a preocupação de ensinar-me os valores do evangelho. Na humildade da minha casa aprendi com a minha mãe as primeiras orações, mesmo antes de participar da catequese já sabia rezar graças a ela.

Com meus pais aprendi também a ser generoso e desprendido dos bens materiais; lembro-me dos terços na casa de minha avó (paterna) no dia de Santa Luzia, quando ela reunia toda a família para rezar. E com meu avô (materno) aprendi a valorizar o trabalho. Portanto, mesmo sem saber eles colaboraram para o surgimento de minha vocação. Pois, foi na família que eu aprendi a ser homem e cristão para depois pensar em ser padre. Por isso, reafirmo a importância da família, berço de todas as vocações, no processo de discernimento vocacional. E quando eu manifestei o desejo de ser padre, tive o apoio incondicional de toda a minha família.

Depois da primeira eucaristia e no início da adolescência passei a não querer saber da Igreja (fase rebelde). Mas, não demorou muito para que eu “fosse alcançado por Cristo Jesus” (Fl 3,12). E foi na preparação para a Crisma que surgiu os primeiros sinais de vocação: comecei a participar das missas e depois de receber o sacramento houve um maior compromisso com a Igreja, através do engajamento no grupo de jovens; grupo de louvor (oração) e conferências vicentinas (SSVP) até começar a participar dos encontros vocacionais.

Dentro de mim já havia um forte desejo de consagrar a minha vida ao serviço do reino, mas resistia por medo e timidez; achava que era loucura da minha cabeça e que logo passaria. Porém, esse desejo foi mais forte do que eu e não pude mais resistir; como diz um provérbio popular: Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. Mesmo questionando-me porque eu e não outro? e apesar de minhas fraquezas e limitações, decidi fazer a experiência.

Nesta caminhada tiveram pessoas importantes que com o seu testemunho motivaram-me a tomar essa decisão: Mons. Ernesto da Silva Espínola (In memorian); D. Lucena (Bispo de Guarabira-PB), que foi meu reitor; Pe. Joaquim José de Oliveira, meu pároco na época, que confiou em mim e enviou-me para o Seminário; meu tio Fernando (In memorian) pelo testemunho de leigo engajado; Pe. Rômulo Azevedo da Silva, pelo apoio. E o seminarista João Diniz, que ao convidar-me para participar dos encontros vocacionais e a ingressar no Seminário, despertou em mim a vocação que estava adormecida; a ele a minha gratidão pela amizade e companheirismo ao longo desses anos.
No dia 23 de fevereiro de 2002, entrei para o Seminário diocesano Santo Cura D’Ars, em Caicó-RN, para fazer o propedêutico; no ano seguinte comecei a faculdade de Filosofia na UERN (Universidade Estadual do Rio Grande do Norte). Em 2007 fiz um estágio pastoral na Paróquia de São Vicente Férrer, na cidade de São Vicente-RN, e em 2008 fui enviado pelo bispo de Caicó, D. Delson, para fazer os estudos teológicos no Seminário de São Pedro em Natal-RN, trazendo na bagagem o espírito missionário, a fé e a alegria do povo seridoense, e o desejo de servir ao povo de Deus.

Cláudio Dantas de Oliveira 
(Seminarista da Diocese de Caicó)


Fonte:http://gvjoaopauloii.blogspot.com/search?updated-max=2011-08-20T05%3A00%3A00-03%3A00

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