sábado, 10 de dezembro de 2011

Apego ou amor?


Sempre é momento para se perguntar sobre a autenticidade do amor que se sente pelo outro: afinal, eu amo ou eu sou apegado à(ao) minha(meu) namorada(o)?

Esse questionamento confunde a todos, principalmente quando se está dentro de uma situação onde se faz o papel da pessoa apegada. Por isso, antes de tudo, é necessário esclarecer o que é apego nesse contexto, bem como o amor.

O apego surge quando há uma paixão sem limites por alguém. Agarramo-nos ao outro de modo exagerado e ele se torna o centro de nossa vida, então, esquecemo-nos de nós praticamente. É, por exemplo, uma vontade de controlar a(o) parceira(o), querendo saber o que ela(e) está fazendo, onde está e com quem. Isso é capaz de gerar desconfiança, medo demasiado de perder o(a) namorado(a), ciúme imperativo, entre outros sentimentos desconfortáveis.

Por outro lado, o amor nos conduz à liberdade, ao domínio sobre nós mesmos. É como uma verdadeira amizade – e isso é essencial no namoro. Quando se é amigo de alguém, respeita-se o espaço do outro, dando a ele a oportunidade de ir ao nosso encontro. Logo, o afeto nasce e a relação desabrocha por si só. Sem pressões, sem receio.


Como é possível fazer alguém feliz, se não é deixado um espaço para o outro seguir seus próprios passos?
O trecho “Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão” (Gal 5,1) se encaixa bem neste contexto. O apego é como uma corrente que nos aprisiona ao mundo das emoções.
É claro que se concluir que existe grande apego pela(o) namorada(o), nem sempre é necessário terminar. Basta refletir, criar coragem e mudar a situação.
Namorar é caminhar junto de alguém que foi escolhido legitimamente e séria. E para namorar é preciso ser livre. Porém, como diz o Professor Felipe Aquino em seu livro, “Namoro”, “você não estará livre enquanto qualquer amarra o impedir de caminhar”.

Busquemos a própria liberdade e assim traremos a liberdade para o outro. Aprendamos a amar!


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