Com a maior alegria estamos revivendo a singular experiência de João Batista: a sociedade a pedir-nos um pouco de luz e de esperança, e nós confessando que não somos luz nem esperança, pois a verdadeira luz e a legítima esperança encontram-se tão somente no Filho de Deus.
João não pretende ser o Messias, isto é, o Cristo que o povo aguardava. Faz questão de ser apenas aquilo que é: o precursor do Messias; apenas um sopro ou simples fiozinho de voz a clamar no deserto: “Preparem o caminho do Senhor”.
Assim é que o cristão de hoje precisa dar ao mundo o testemunho de sua fé, de sua esperança e de seu amor. Pois um testemunho que viesse apenas da parte do clero seria suspeito. O testemunho que viesse apenas de uma classe social seria incompleto. O testemunho capaz de convencer o mundo precisa ser coral: um coro de vozes vibrantes, de arrebatar os corações.
Infelizmente, porém, fora das igrejas, os cristãos não parecem dispostos a falar de Cristo ou não têm coragem para tanto – acabam tornando-se um povo de mudos a respeito de sua fé e de sua esperança.
É bem verdade que o testemunho de nossas ações é mais importante do que o testemunho falado. Contudo, não podemos entregar-nos ao luxo de ficar calados, até porque é só por meio de palavras apropriadas que conseguiremos tirar as dúvidas e clarear as ideias do homem de hoje a respeito de Cristo e de sua missão sobre a terra.
Ele continua sendo a esperança do mundo e a luz a brilhar no meio das trevas, mas a maior parte da humanidade ainda teima em não reconhecê-lo. Quer dizer que chegou também a nossa vez de entrar em ação e fazê-lo conhecido de todos os povos.
Pe. Virgílio, ssp
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