O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico
Lombardi, explicou que a investigação que está sendo feita a uma organização de
religiosas nos Estados Unidos com uma atitude permissiva para temas contrários
à doutrina católica, promove a comunhão e a fidelidade ao Magistério da Igreja.
Assim o indicou hoje o sacerdote em uma declaração sobre
a reunião na Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano com a direção da
Leadership Conference of Women Religious (LCWR), para tratar o tema da
avaliação doutrinal que está sendo feita a esta instituição que mostrou uma
atitude permissiva ante temas contrários à doutrina católica como o aborto e o
feminismo radical.
Na reunião, explicou o porta-voz vaticano, também esteve
presente o Arcebispo de Seattle (Estados Unidos), Dom Peter J. Sartain, quem
foi nomeado delegado da Santa Sé para acompanhar durante 5 anos a LCWR.
O Pe. Lombardi disse que "o encontro brindou à
Congregação e a LCWR a oportunidade de discutir os problemas e preocupações
expostas pela avaliação doutrinal num ambiente de franqueza e
cordialidade".
Deste modo indicou que "segundo o Direito Canônico,
uma Conferência de Superiores Maiores, como é a LCWR, foi constituída pela
Santa Sé e permanece sob a sua suprema direção, com o fim de promover os
esforços comuns entre os Institutos membros individuais, e a cooperação com a
Santa Sé e a Conferência dos Bispos locais".
O sacerdote jesuíta explicou finalmente que "o
propósito da avaliação doutrinal é ajudar a LCWR nesta importante missão,
mediante a promoção de uma visão da comunhão eclesial fundada na fé em Jesus
Cristo e nos ensinamentos da Igreja fielmente ensinados através dos séculos sob
a guia do Magistério".
No dia 1 de junho, a organização de religiosas deu a
conhecer um comunicado no qual acusou ao Vaticano de ter seguido um processo
"defeituoso" de vários anos no que as sanções que se impuseram
poderiam "comprometer" sua capacidade de ação.
Com algo mais de 1500 membros, a LCWR constitui 3 por
cento das 57 mil religiosas dos Estados Unidos. Entretanto o grupo afirma que
representa 80 por cento das mesmas, dado que seus membros dirigem diversas
comunidades. A média de idade das religiosas é de 74 anos.
Com a declaração as religiosas responderam ao relatório
do Vaticano do dia 18 de abril no que se deu a conhecer os resultados da
investigação a LCWR, em que se encontrou "sérios problemas
doutrinais" e uma significativa necessidade de reforma.
No documento vaticano se expressa a preocupação sobre
"alguns temas do feminismo radical incompatíveis com a fé católica"
que estiveram presentes em alguns eventos promovidos pela conferência de
religiosas.
Deste modo se refere à falta de uma adequada formação
doutrinal oferecida pela LCWR, assim como às cartas da organização nas que se
sugere o "desacordo corporativo" em relação aos ensinamentos da
Igreja em temas como a ordenação sacerdotal e a homossexualidade.
Além disso, embora a organização promova muitas ações
sociais, ao mesmo tempo ignora os temas de defesa da vida, do matrimônio e da
sexualidade, que estiveram em diversos debates atuais como o aborto, a
eutanásia e o mal chamado "matrimônio" gay.
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