sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Papa em Milão


Bento XVI fará, a partir desta sexta-feira, a visita mais longa de um Papa a uma cidade italiana (três dias inteiros e duas noites), e Milão acolherá uma grande festa, para católicos e não-católicos. E é por isso que as exigências de segurança que a visita requer devem se conciliar com a acessibilidade das pessoas ao Pontífice. Todos querem vê-lo de perto. Fácil, na teoria, mas na prática...

No território, para garantir a tranquilidade de todos, estarão 15 mil agentes (policiais, carabineiros, guardas do corpo de bombeiros e até da defesa civil), além de 6 mil voluntários.
Mas como administrar os cerca de 1 milhão de fiéis aguardados? É esta a questão que mais preocupa as autoridades e os próprios habitantes, até porque quatro mil ônibus de turismo circularão na cidade a partir de amanhã.

É natural a expectativa por esta visita de Bento XVI a Milão. Passaram-se 28 anos desde que João Paulo II esteve aqui, em novembro de 1984, para o IV centenário da morte de São Carlos.
Mas esta cidade presenteou a Igreja com vários papas: Pio XI, Cardeal Achille Ratti, era arcebispo quando foi eleito Sumo Pontífice em janeiro de 1922. O Cardeal Giovanni Battista Montini - Papa Paulo VI - sucedeu João XXIII em junho de 1963, tendo deixado Milão para o conclave e não mais voltar. Antes de João Paulo II, a história recorda somente a visita de Martinho V, em 1418.

No entanto, a Arquidiocese de Milão continua a desempenhar um papel significativo no âmbito da Igreja, não apenas italiana. Para citar um exemplo, recordamos o Cardeal-arcebispo, o jesuíta Carlo Maria Martini, grande interlocutor com o mundo laico e com o judaísmo. Seus projetos de diálogo produziram frutos indeléveis para o cristianismo.

Aos quase cinco milhões de fiéis desta diocese, somam-se nestes dias milhares de católicos de dioceses remotas, pequenas, e muitas vezes, sem tantos recursos.

Heraldo Viegas, natural de São Tomé, residente na Inglaterra, veio ao VII EMF com a família, composta pela esposa, que é polonesa, e dois bebês. Ele nos fala da especificidade da instituição familiar em seu continente:

“O valor familiar na África é mais preservado. A família é mais unida do que na Europa, onde a família está caminhando para um rumo onde as famílias se separam e se destroem, portanto, é importante este EMF, que pode ajudar a mim e a minha família a melhorar. Mesmo que não tenhamos grandes problemas, pode nos ajudar a resolvê-los, se vier algum”.

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