quarta-feira, 4 de abril de 2012

Jovens de Brasília defendem crianças anencéfalas em frente ao STF


Na próxima quarta-feira, 11 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54 (ADPF), que pode legalizar o aborto de anencéfalos – deficiência ocorrida em crianças que nascem sem a calota craniana e, depois de nascidas, têm pouco tempo de vida.
Por causa do risco da legalização deste tipo de aborto, jovens do Distrito Federal se uniram na Praça dos Três Poderes na tarde de hoje para pedir pela vida destes bebês. Em uma manifestação silenciosa, eles colocaram em frente ao Supremo mais de 200 balões vermelhos amarrados em fitas também vermelhas.
Os balões representavam as crianças anencéfalas, já o fio era o direito à vida dessas crianças que, segundo os jovens, “está por um fio”. Além dos balões, os jovens usaram vendas nos olhos, um dos símbolos da Justiça. Essa simbologia remetia à ideia de que a Justiça é imparcial e não deve tratar as crianças com deficiência de forma desprivilegiada.
Segundo membros do Movimento Brasil sem Aborto, o argumento apresentado na ADPF ao STF está embasado na afirmação de que o anencéfalo é um sub-humano, deixando o caminho livre para a mãe optar pela morte dessa criança ainda no ventre.
Esta posição é rechaçada por diversos organismos da sociedade brasileira que é contrária à legalização do aborto em sua vasta maioria, segundo indicam recentes pesquisas. Também não se pode comparar a criança portadora desta anomalia a um morto cerebral, pois este depende de aparelhos, e o anencéfalo respira espontaneamente.
O Estado não pode legalizar leis que permitam a exterminação de deficientes, afirmam os membros do Movimento pró-vida.
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