Lisboa (RV) - “São cerca 200 milhões os cristãos que são perseguidos anualmente e de cinco em cinco minutos morre um cristão por causa da sua fé. A situação é dramática no mundo e nós assistimos a um agravar-se das situações”: foi o que sublinhou nesta terça-feira Catarina Martins, Diretora da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, em Portugal, falando à Rádio Renascença.
Um dos casos mais graves de perseguição atinge neste momento a minoria cristã na Síria. Num país em revolução, a pressão dos militantes islâmicos já levou mais de mais de 50 mil cristãos a fugirem para o Líbano.
“A Primavera Árabe está provocando muitas alterações políticas nestes países e os cristãos têm sido vítimas, uma vez que o regime ditatorial passa para um regime de ditadura religiosa”, diz a diretora da fundação.
“Na Síria é preocupante. Era um país onde se podia fazer a passagem para o Ocidente. Neste momento não é um local onde os cristãos possam estar seguros.”
Catarina Martins sublinha ainda a generosidade dos portugueses que aderem habitualmente às campanhas lançadas. Para apoiar os refugiados sírios, a Ajuda à Igreja que Sofre enviou nos últimos dias alimentos e tendas no valor de 80 mil euros.
São situações de emergência, de pessoas que vivem sem dignidade, já perderam familiares e é necessário apoiá-las em pequenas coisas para dignificá-las no dia a dia”, destaca.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, que depende da Santa Sé, apoia as comunidades cristãs em dificuldade. A prioridade é a formação de sacerdotes e a reconstrução de igrejas, como aconteceu recentemente no México e Cuba onde o Papa esteve. Às vezes, como é o caso agora na Síria, é preciso ajudar com bens de primeira necessidade.
Fonte : Rádio Vaticano
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