Neste
domingo, 5, o Brasil celebra o Dia Nacional da Saúde. Ao contrário do que
muitos pensam, ter saúde não é sinônimo de não estar doente. É sim, um
"processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, social e
espiritual", como a define o texto-base da Campanha da Fraternidade deste
ano, que refletiu sobre o lema "Que a Saúde se Difunda Sobre a
Terra".
Nesse contexto, também a Igreja Católica se insere com orientações aos fiéis sobre o zelo com a saúde, a dignidade da vida humana e o comprometimento com os que passam por desafios para ter acesso à condições mínimas de saúde.
"Manter a saúde é uma espécie de dever, porque se de um lado a saúde é um dom de Deus, por outro lado, temos a responsabilidade de cuidar dela também", afirmou padre Luiz Carlos Dias, secretário-executivo das Campanhas da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Segundo ele, além
de incentivar medidas em prol da Saúde Pública, a Campanha da Fraternidade
deste ano também quis ajudar as pessoas a "acordarem" para a
responsabilidade com sua própria saúde. "É importante as pessoas estarem
atentas à sua saúde pessoal, porque muitas doenças que se desenvolvem depois
dos 30 anos são em função da forma de vida e da alimentação", ressaltou. Nesse contexto, também a Igreja Católica se insere com orientações aos fiéis sobre o zelo com a saúde, a dignidade da vida humana e o comprometimento com os que passam por desafios para ter acesso à condições mínimas de saúde.
"Manter a saúde é uma espécie de dever, porque se de um lado a saúde é um dom de Deus, por outro lado, temos a responsabilidade de cuidar dela também", afirmou padre Luiz Carlos Dias, secretário-executivo das Campanhas da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A Campanha da Fraternidade se diferencia das outras, realizadas pela Igreja Católica, por seu alcance e repercussão na sociedade, ao abordar temas atuais e relevantes para a população brasileira.
Lançada no mês de fevereiro deste ano, a campanha quis promover uma reflexão sobre o cenário da saúde no Brasil, alertar para a precariedade dos hospitais, mobilizar a sociedade civil para reivindicar melhorias, mas também conscientizar a população para adotar modos de vida saudáveis e valorizar os agentes das pastorais da saúde.
Conquistas
Para o secretário-executivo das Campanhas da Fraternidade, alguns frutos já podem ser observados, como: a iniciativa de coletar assinaturas pedindo a reabertura da discussão sobre o financiamento da saúde pública, que conta com o apoio da Igreja; o incentivo à participação no Conselho de Saúde, e de forma mais ampla, nos diversos conselhos, que são um espaço para a participação efetiva da sociedade para fazer propostas e acompanhar as decisões; e o novo impulso dado às Pastorais da Saúde, um trabalho que faz parte da essência da Igreja, no apoio e auxílio aos enfermos.
Além disso, o Ministério da Saúde apresentou uma série de propostas para a melhoria da Saúde Pública no país, atitudes que fazem parte do planejamento, mas que também foram motivadas pela Campanha da Fraternidade deste ano, afirmou padre Luiz Carlos.
De acordo com o secretário, a CNBB continua se estruturando para apresentar novas propostas ao Governo. Atualmente, um grupo de especialistas têm se reunido na sede da instituição, em Brasília, para "coletar mais dados e refletir a saúde pública, como um todo, e assim elaborar um material, com sugestões, críticas e diretrizes, que será encaminhado ao poder executivo e judiciário". A data para a entrega do documento ainda não está definida.
Padre Luiz Carlos enfatizou que uma grande contribuição da Campanha da Fraternidade é a formação dos cristãos para serem mais atuantes na sociedade, como sugere a Doutrina Social da Igreja. "Jesus, no mandato missionário dele disse: 'Ide e Evangelizai' (cf Mc 16,15). Nós estamos no mundo e temos a missão de levar vida ao mundo [...] Nós precisamos de pessoas cada vez mais firmes na sua fé e procurando compreender as questões em que ela pode realmente trabalhar, em prol do bem e da justiça", afirmou.
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