domingo, 21 de outubro de 2012

O FACEBOOK E A FÉ?



Há alguns vários anos atrás num programa humorístico de TV havia um personagem chamado Burraldo que normalmente tinha que ler suas redações em aula. Eram divertidas na maioria das vezes e eram bem descritivas e simplistas.  Por exemplo... o cachorro é um bicho. O cachorro tem quatro patas. O cachorro tem pelos. ... e sempre com frases curtíssimas.

Se tivéssemos que falar sobre o Facebook teríamos que relatar nesse sentido Burraldo de descrever e ainda escrevendo feicibuque.

Mas o que se pretende está um passo a frente, ou melhor, um passo dentro do que anda acontecendo ou pode acontecer no Facebook.


Sem falar nos exageros, exibicionismos e outros comportamentos indesejáveis mais para quem se expõe até do que para quem tem que assistir, o Facebook anda mexendo com um lado mais emocional e/ou espiritual das pessoas.

Também sem entrar no mérito de que muitas postagens são atribuídas a pessoas que jamais falaram de determinados assuntos – quantas Clarice Lispector, Arnaldo Jabor entre outros famosos aparecem citando frases, verdades e conselhos. 

No quesito religioso têm aparecido muitas publicações que têm sido de ajuda para outros tantos que se conhecem e que, melhor, nem se conhecem.

É um caso de assumir sua fé e propagar. Mais do que o simplismo de dizer onde jantou, como passeou, como se divertiu, como se exibiu, está acontecendo a oportunidade de assumir a sua fé. No que se acredita, no que se quer compartilhar, no que se quer comentar ou até simplesmente curtir – seja lá o que isso signifique. Curtir no Facebook é como se fosse uma rubrica, mais do que curtir porque gostou, aprovou ou desaprovou.

Sabe-se que a luta contra a ditadura do Egito foi atingida pelas comunicações de internet então se pode atingir muito mais.

Maria passa na frente, palavras de Madre Teresa, jovens se preparando para um grande encontro, defesa da vida, manifestações contra o aborto e tantos outros valores estão se propagando muito mais do que em meios até então usuais e conhecidos. E nessa onda toda, as pessoas se pegam unidas por uma fé que vêm cutucada, curtida, comentada, compartilhada. Sozinho não se perceberia tantas situações, movimentos, reforços de atitudes para a Fé.

A religião fala muito mais que isso, sim! Mas essas trocas, esse pensar em Deus, esse bem estar de se sentir bem e querer que o outro possa sentir o mesmo dentro de sua crença.

Melhor ainda que entre tantos e tantos amigos de Facebook sabe-se que há inúmeras religiões e não religiões, mas poder assumir o que se compartilha. Tem-se coragem de dizer quero que MARIA passe na minha frente, sou católico sim, e outras afirmações em que se pode dizer que o Facebook é um meio em que se pode assumir a sua FÉ para quem quiser ver e para quem desejar mais... que compartilhe e siga.

Fé exige responsabilidade. Temos fé e temos de respeitar o que ela significa para nós mesmos e o que representará para nosso irmão de fé, agora, por incrível que pareça... no Facebook!

A FÉ não dança conforme a música para quem ouve, a fé é firme e segura e quando se conta com um meio de divulgação tão maciço ela é, sobretudo, responsável.

A ESPERANÇA para compartilhar essa FÉ cutucada, curtida e compartilhada no Facebook fica para outra reflexão.

Por  Maria Lúcia Pedroso Yoshida


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