Quase duzentos jovens hiperconectados, cercados de celulares e
computadores, todos católicos e cheios de expectativas. Assim começou o
Seminário Nacional de Jovens Comunicadores nesta sexta-feira (18), em
Brasília. Com o tema “Jovens Católicos: Comunicação que transforma
vidas”, o evento é promovido pelas comissões para a Comunicação e para a
Juventude, da CNBB.
Na abertura do seminário, o Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo
Steiner, disse que Deus deu a cada um de nós uma estupenda vocação, ao
fazer de todos nós comunicadores de sua mensagem.
- Nós não comunicamos apenas dados, nós comunicamos vida, aquilo que
nós somos, a verdade da nossa vida. E quando assim o é, deixamos que as
pessoas participem da nossa vida.
Dom Dimas Lara, presidente da Comissão para a Comunicação, disse que
os jovens são protagonistas do processo comunicativo no mundo atual e
recordou que a preocupação com a comunicação é antiga na Igreja. Ele
lembrou do documento Inter Mirifica, produzido pelo Concílio do
Vaticano II, e das mensagens dos últimos papas a respeito do assunto.
Ele destacou especialmente a mensagem do Papa Bento XVI para este ano, Silêncio e Palavra: caminho de evangelização.
- É no silêncio que a criatividade desabrocha – observou.
Presidente da Comissão para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro disse
esperar que o seminário ajude a Igreja e a sociedade a compreender mais o
que se passa na cultura juvenil, que é permeada pela cultura midiática.
Segundo ele, a Igreja quer entender os projetos do jovem, seus
pensamentos, as novas maneiras de se relacionarem, e conclamou os
presentes a ajudarem todos a conhecer, compreender e viver o projeto de
Deus, de vida plena para todos.
- O mundo depende da ousadia e da responsabilidade do jovem – disse.
O jornalista Tiago Miranda, da Agência Câmara e de equipe Jovens
Conectados, também participou da abertura e falou da forma como a
comunicação pode mudar vidas. Ele contou que uma matéria publicada no
site da Arquidiocese de Brasília sobre a Comunidade Santos Inocentes,
que trabalha socorrendo mulheres que desistem de abortar, foi lida por
uma pessoa que doou uma soma em dinheiro que permitiu a essa comunidade
comprar um terreno onde depois ergueu uma casa onde hoje pode acolher
mulheres em situação de risco.
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